centenário do partido comunista da China

Huangdan2060, CC BY 3.0 , via Wikimedia Commons

Edição 161 – Discurso de Xi no centenário do PCCh dá o que falar

Centenário do Partido Comunista da China e discurso de Xi Jinping

Não faltaram editoriais, matérias, tweets e pompa no centenário do Partido. Também teve infográficos revisando a história e a estrutura do PCCh, e cronologia dos momentos principais. No Twitter, fizemos um fio e por aqui indicamos uma boa matéria do The Guardian. As preparações foram intensas, como mostra o compilado do China Digital Times, para garantir que tudo sairia como planejado. Teve um discurso de Xi Jinping, como esperado, e que deu o que falar. Além de anunciar sucesso nas políticas para atingir uma “sociedade moderadamente próspera”, um trecho do que Xi falou alarmou várias pessoas fora da China: “Todo aquele que se ilude em intimidar a China terá sangue fluindo de sua cabeça quebrada ao se chocar com a Grande Muralha de aço construída com a carne e o sangue de 1,4 bilhão de chineses”.

A frase pode parecer assustadora, mas possui outra conotação em mandarim e é uma referência literária, como explica o texto de Calebe Guerra para a Folha, que explora bem essa e outras questões que surgiram sobre o discurso quando ele ultrapassou o contexto chinês. A parte sobre “sangue” dessa fala sumiu da versão oficial em inglês.

No podcast The Front Row saiu um episódio curto, de 14 minutos, sobre as celebrações e o Partido atualmente, com participação de David Rennie (The Economist), Yangyang Chen (Yale/SupChina) e Xiao Qiang (China Digital Times). Com o centenário do Partido, ressurgem as questões sobre o futuro da China, a longevidade do PCCh e desse modelo de poder — sobre o assunto, deixamos aqui as reflexões da Foreign Affairs. Olhando para o futuro, o The New York Times fez uma reportagem sobre a formação de jovens que podem vir a ser futuros líderes do PCCh.

Também não pode deixar de ser pontuado como ficou evidente o quão masculino é o Partido. Este texto do SupChina fala sobre a ausência de mulheres; já o Sixth Tone traz uma reflexão sobre “as crianças da revolução”.

Não é só o Brasil que enfrenta dificuldades com energia elétrica. A China passa pela sua pior escassez energética desde 2011, impulsionada por seca, limites ao uso do carvão (para cumprir com a meta de neutralidade de carbono até 2060) e maior demanda por eletricidade em regiões mais quentes. Como apura Laura He para a CNN, pelo menos nove províncias de grande atividade industrial, como Guangdong, já estão racionando energia, situação que afeta a produção de aço inoxidável e preços internacionais. A esperança é que, no futuro, as hidrelétricas consigam suprir a maior demanda por energia, mas ainda é incerto se elas serão capazes de fornecer energia de forma estável como as usinas movidas a combustíveis fósseis. Nesse sentido, vale lembrar a inauguração da hidrelétrica de Baihetan, já vista como a segunda maior do mundo. Se você quiser saber mais sobre a mega barragem, veja a entrevista que o nosso editor júnior Bruno Gastal concedeu à Sputnik.

Seguem fortes os investimentos na CATL. A empresa, que fabrica baterias para carros elétricos, está atraindo a atenção de investidores do mundo todo após ter estendido seu contrato com a Tesla para até 2025. As recentes polêmicas envolvendo a empresa de Elon Musk parecem não ter afetado as perspectivas da CATL, cuja capitalização na bolsa ultrapassou a marca de 1 trilhão de renminbi (R$ 780 bi aproximadamente). Ela é a maior companhia chinesa do setor e é responsável por mais da metade das baterias dos veículos elétricos do país — cujas vendas vêm crescendo acima do esperado. Porém, vale a ressalva de que a empresa talvez esteja sobrevalorizada, segundo investidores ouvidos pela Caixin.

De fato, a abertura de capital da DiDi não está sendo tão tranquila. Ainda que tenha captado 4,4 bilhões de dólares na quarta (30), a empresa não parou para comemorar. A Administração do Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) abriu uma investigação dois dias depois sob o argumento de proteger a segurança nacional, conforme relata a Reuters. A DiDi disse que vai cooperar com as investigações, que apuram violação na coleta de dados. Ontem, no domingo (04), a empresa retirou o seu aplicativo de lojas de celulares após pedido das autoridades e ainda agradeceu à CAC pela oportunidade de investigar tais questões. Novos usuários não podem se registrar até a empresa realizar alterações no seu sistema.

A atuação das autoridades acontece após novas medidas de cibersegurança entrarem em vigor, e não é só a DiDi que entrou nessa leva de revisão. Aliás, vale a pena parar para assistir o evento da Data Privacy Brasil sobre privacidade de dados na China.

E aproveitando que o assunto chegou em proteção de dados e privacidade, a Apple deu um drible em algumas techs chinesas. Baidu, Tencent e TikTok tinham criado um novo software, chamado CAID, que possibilitaria às empresas o uso de dados de usuários de iPhone mesmo que eles não autorizassem o compartilhamento dessas informações. Como dá para imaginar, isso aconteceu sem o aval da Apple, justamente para burlar suas novas políticas de privacidade. A informação, trazida por Patrick McGee no Financial Times em março, apontava que o CAID estaria disponível a partir da atualização dos aplicativos, notando que o software poderia colocar a Apple em uma situação delicada internacionalmente. Porém, após a divulgação dessas informações, a empresa estadunidense conseguiu bloquear as atualizações que traziam o CAID embutido em uma série de apps na China. Funcionou.

Há duas décadas, Ren Zhengfei, fundador da Huawei, escrevia um texto autobiográfico revelador. O jornalista Zichen Wang decidiu traduzi-lo para o inglês e disponibilizá-lo aqui. É uma boa leitura para entender a jornada de um dos maiores empreendedores da China e enxergar a história do país pelos olhos de Ren, que hoje tem 76 anos. Da extrema pobreza, passando pelo Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural, Ren e sua família viveram de tudo um pouco. O texto dá uma visão mais humana do empreendedor ao narrar a trágica perda da mãe em um acidente de carro e outras relações familiares.

Pandemia continua ameaçando o comércio internacional. Desta vez, um surto de Covid-19 entre trabalhadores do porto de Yantian, em Shenzhen, levou o governo a interromper as atividades das instalações em junho. O porto já voltou a funcionar normalmente, mas os atrasos gerados pela medida ainda afetam o comércio global. Segundo matéria da DW, 5% de toda a capacidade de frete mundial ficou em espera e pode levar semanas até que se recuperem os atrasos — possivelmente um impacto pior do que o do bloqueio do Canal de Suez em março deste ano. A Supply Chain Dive traz gráficos que indicam o tamanho do problema, cujas consequências podem incluir pressões inflacionárias. Dessa vez os memes não foram tão bons quanto no caso de Suez.

Multilateralismo em ação? A despeito das recentes rusgas com EUA e UE, a China aderiu sem ressalvas ao pacto internacional para tributar empresas multinacionais em no mínimo 15%. A iniciativa, puxada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conta com a adesão de 130 países, inclusive alguns notórios paraísos fiscais como as Ilhas Cayman e Bermuda. Quando implementada, prevê-se um aumento na arrecadação tributária global de até 150 bilhões de dólares (R$ 760 bilhões), conforme reporta o El País Brasil. Pelo acordo, os signatários não são obrigados a instituir o tributo de 15% nacionalmente, mas permite que outros países apliquem taxas sobre os influxos de renda de empresas localizadas em lugares que não tenham essa taxa mínima.

A China tem um tributo de 25% sobre empresas multinacionais, mas subsídios a P&D e a setores de alta tecnologia fazem a alíquota cair abaixo dos 15% negociados, conforme a Caixin. Portanto, o governo provavelmente terá que fazer alguns ajustes em sua política tributária para adequar-se aos termos do acordo.

Sim, mais um capítulo da rixa China-Austrália. Em novo relatório da Human Rights Watch (HRW), Pequim é acusada de ameaçar a liberdade acadêmica em universidades australianas. A ONG de direitos humanos relata que muitos estudantes chineses praticam a autocensura por medo de serem denunciados ao retornarem ao seu país de origem. Pesquisadores sinólogos também se censuram por medo de assédios, intimidações e doxxing (revelação de dados privados) por parte de estudantes pró-Pequim, segundo a HRW. A Embaixada da China na Austrália rejeitou as alegações feitas pelo relatório, afirmando ser “tendencioso” e acusou a ONG de ser “uma ferramenta política do Ocidente”, conforme matéria da BBC.

França apura se empresas de moda lucraram com exploração de trabalho forçado em Xinjiang. Lembra que há alguns meses falamos sobre a controvérsia envolvendo boicotes a empresas ligadas ao algodão produzido por lá? Voltamos ao assunto agora com a confirmação, na última sexta-feira (2), de que promotores franceses estão apurando se marcas como Zara, Uniqlo e Skechers obtiveram lucro por meio da exploração de trabalho forçado na região autônoma de maioria uigur. Esta reportagem do The New York Times conta um pouco sobre as apurações e reitera que a China nega as acusações, assim como as empresas procuradas.

Como o mundo vê a China? Recentemente publicamos aqui uma fala do presidente Xi Jinping dizendo que era a hora de a China se comunicar melhor. Uma pesquisa publicada pelo Pew Research, com base em Washington, mostra que a imagem do país asiático em economias avançadas do Ocidente segue muito ruim, sobretudo em pautas ligadas a questões de direitos humanos e sobre o surgimento da Covid-19. A pesquisa foi realizada entre os meses de fevereiro e maio com cerca de 19 mil adultos de um total de 17 países distribuídos entre América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. As opiniões negativas sobre o respeito de Pequim em relação às liberdades individuais partiram de lugares como Itália, Coreia do Sul, Canadá, Austrália, Reino Unido e Holanda.

As visões negativas não partem apenas do Ocidente, segundo a reportagem do SCMP, que diz que no Japão as críticas à China chegam a 88% dos entrevistados, próximo aos 93% atingidos no auge da disputa territorial entre os dois países no Mar do Leste da China. Apenas os entrevistados da Grécia e de Singapura apresentaram uma visão mais favorável do que desfavorável em relação à China. Entrevistados dos 17 países também foram perguntados sobre sua avaliação do combate à pandemia e a maioria considerou que a China foi melhor do que os EUA e a União Europeia.

Deu ruim para a Sony. A empresa japonesa de jogos e eletrônicos achou que não faria mal anunciar o lançamento de novos produtos no dia 7 de julho, e talvez você se pergunte o que há de mal nisso. Pois bem: o dia marca a invasão do Japão à China, em 1937, quando aconteceu o incidente na Ponte Marco Polo — que se deu no contexto da Segunda Guerra Mundial. Internautas chineses repudiaram a ação da empresa por “insensibilidade cultural” e alguns acreditam ter sido uma medida intencional. A Sony se desculpou imediatamente e disse que a campanha foi fruto de mau planejamento. Não é a primeira vez que empresas japonesas se veem em maus lençóis por erros desse tipo.

Chega de Covid-19, agora é a vez de falar sobre malária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na quarta-feira (30) que a China está oficialmente livre da doença. No início do século XX, eram cerca de 30 milhões de casos por ano e 300 mil mortes, mas, nos últimos quatro anos, o país asiático não registrou nenhum caso em seu território e, com isso, pode requisitar à OMS o novo status, conforme relata o South China Morning Post. Um painel independente da organização verificou a situação chinesa in loco antes do reconhecimento. O The Hindu analisou as políticas públicas chinesas de combate à malária ao longo de sete décadas: investimento em pesquisa farmacêutica, distribuição de mosquiteiros inseticidas e adoção de um protocolo de ação rápida de contenção de casos, entre outras. Apesar do êxito, a importação da doença ainda é um risco, sobretudo em Yunnan e outras regiões fronteiriças.

Acabou a corrupção? Calma que não estamos falando da Lava Jato e nem do Brasil, mas da China mesmo. O combate à corrupção não é assunto novo no país asiático, mas ficou em ainda maior evidência desde que Xi Jinping chegou ao poder, já que essa é uma de suas principais bandeiras. De acordo com o órgão responsável pela fiscalização de desvios e ilegalidades, cerca de 4 milhões de funcionários do governo e do partido em toda a China foram punidos desde 2012. Os dados foram divulgados em uma entrevista coletiva na semana passada, segundo esta matéria da Caixin. Conforme a autoridade, 3,8 milhões de casos foram submetidos a investigação. Recentemente, publicamos o curioso caso de inquéritos que teriam sido conduzidos por eventuais irregularidades cometidas há 30 anos, num sinal de que, para China, os crimes não prescrevem.

Xi frequentemente diz que a corrupção é um dos principais problemas enfrentados pelo Partido Comunista. Há estudiosos que dizem que o atual líder se vale da bandeira anticorrupção para fazer um expurgo de seus adversários. Já indicamos aqui, mas retomamos a dica deste diretório público com informações de mais de 20 mil pessoas indiciadas até hoje. Como esse não é um tema que se resolve em um passe de mágica, se é que pode ser eliminado totalmente da sociedade, esta reportagem do início do ano, feita pela NPR, mostra como a corrupção assola a China. E, claro, o livro de Yuen Yuen Ang sobre o tema, lançado em 2020.

A leitura de Marx com características chinesas. Com o centenário da fundação do Partido Comunista Chinês, vale a reflexão: o que resta do pensamento de Marx na segunda maior potência econômica do mundo hoje? De Marx talvez não muito, lembrando que há poucos anos um grupo de jovens estudantes foi reprimido por se reunir para ler os originais de Marx. Mas este interessante artigo da Sixth Tone faz um resgate histórico sobre como os textos e as ideias do filósofo alemão chegaram pela primeira vez no território e na língua chinesa. Vale passar um cafezinho e fazer esta leitura.

A ciência teve um caminho difícil na China, partindo do Protocolo Boxer de 1901 às discussões sobre qual via seguir — o desenvolvimento tecnológico do Ocidente ou as tradições chinesas. Em um belo texto para o MIT Technology Review, a cientista Yangyang Cheng discute o desenvolvimento científico no país partindo do século XIX e mostrando como a ciência foi influenciada pelas diversas ideias de nacionalismo chinês e por disputas com potências estrangeiras, com destaque para os EUA. Um exemplo disso é a criação da Universidade Tsinghua, principal polo tecnológico e inovador do país, que recebeu dinheiro estadunidense oriundo de parte da devolução de uma das indenizações do Protocolo Boxer, em uma tentativa de melhorar as relações entre os dois países. A autora também aborda iniciativas de cooperação educacional que datam do século XIX, mas interrompidas pelo crescente receio do comunismo e das leis racistas direcionadas aos chineses nos EUA. Vale fazer um cafezinho e ler o texto de Cheng, que resgata memórias da família e de sua vida em Hefei.

O descanso, ele também será censurado? Às vezes a gente volta ao mesmo tema, mas prometemos que não somos repetitivas à toa. A imprensa ocidental tem feito uma série de reportagens sobre o tang ping 躺平 — traduzido como “ficar deitado” — e esta semana não foi diferente, com reportagens do The New York Times e da AP sobre como jovens vêm sendo reprimidos e até censurados por publicarem nas redes sociais imagens ou textos numa apologia ao descanso. Contamos aqui como a venda de livros vermelhos com citações famosas de Mao cresceram após o comentário de um executivo da Tencent, que criticou jovens por dormir enquanto os mais velhos trabalham.

Essa guerra geracional sobre quem produz mais não é exclusividade da China, sabemos disso. Lembra daquela conversa dos seus pais ou tios dizendo que “no meu tempo era mais difícil”? Mas nos chamou a atenção o fato de a publicação reiterada dessas reportagens ter se tornado alvo de críticas pela eventual forma anedótica de suas abordagens. Uma dessas reflexões interessantes é provocada por Wang Feng, editor-chefe do Financial Times em chinês, que gerou este comentário aqui.reforma electoral en Hong Kong

Zheng He foi um grande explorador chinês do século XV. Sob seu comando, o império da China chegou a praticamente todos os cantos do mundo. Esta seção é inspirada nele e te convida a explorar ainda mais a China.

Adendo: na semana retrasada, incluímos aqui um link sobre o relato de diplomatas chineses chegando na ONU pela primeira vez. O Global Times decidiu também escrever sobre essa pauta, com foco no vice Ministro das Relações Exteriores à época e chefe da delegação chinesa, Qiao Guanhua.

Diários de motocicleta: a longa marcha sob duas rodas. Há uns meses que publicamos aqui um vídeo do SupChina, em que Mads Nielsen viajava por Qinghai de motocicleta. Ele seguiu na estrada, e o mesmo SupChina traz a trajetória dele pelo caminho da Longa Marcha sob duas rodas.

É cringe se filiar ao PCCh? Na esteira do centenário, vale a leitura desta reportagem da Reuters sobre como a geração Z se relaciona com o Partido Comunista.

Arquitetura: quem vê o lugar onde hoje fica o local de fundação do PCCh talvez vá achar graça, já que agora ele é em um complexo em uma região chique e caríssima, em Xintiandi, Shanghai. O prédio é um shíkùmén 石库门, um tipo de construção tradicional da cidade e agora em risco de extinção. Zhou Pinglang registrou belas fotografias da vida em bairros com esse estilo.

Ao infinito e além: astronautas chineses realizaram a primeira caminhada espacial fora da estação do país neste domingo (4), tornando a China o terceiro país a realizar o feito. Vale ver o vídeo e lembrar que a China está construindo sua própria estação após os EUA terem recusado o acesso da China à Estação Espacial Internacional.

Um parente distante? Foi descoberto um crânio do que pode ser uma antiga espécie humana, chamada por alguns como Homo longi, ou “homem-dragão”. O crânio de Harbin, como também é conhecido, pode ter existido há 146 mil anos e é cheio de controvérsias. Um dos paleontólogos que pesquisa as origens do fóssil explica o porquê aqui.

Para todes, qual pronome pessoal queer na China? Ainda que na fala a marca de gênero não exista no mandarim, isso não quer dizer que haja neutralidade o tempo todo, já que há diferenciação na grafia para 她 (ela) e 他 (ele). Como escolher um pronome queer? O Radii China faz um interessante apanhado sobre o tema.

Literatura: o gênero wuxia, com a sua fantasia histórica, é visto como frequentemente desconectado do contexto político, mas será que realmente é? Esse é o tema do interessante texto da escritora Jeannette Ng.

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E o Chengyu da semana é “否极泰来 (pǐ jí tài lái)”, que pode ser traduzido como “da adversidade surge a fortuna” ou “as adversidades extremas são o início da sorte/fortuna”.
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