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Edição 163 – Vacinação avança de olho na variante Delta

No final do ano passado, começamos um projeto novo que saiu do forno! Com colaboração de pesquisadores e pesquisadoras do Brasil, compilamos um guia introdutório sobre estudar China. Livros, artigos, filmes e por aí vai. Está disponível de maneira gratuita em nosso site. A nossa editora sênior Júlia Rosa falou sobre o projeto com a Folha de S. Paulo.
 

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China vacina variante Delta carbono

Repressão do bem? Em Guangzhou, policiais substituíram funcionários da saúde na contenção de casos de Covid, especificamente da variante Delta, mais transmissível. As autoridades locais recorreram à polícia para realizar rastreio de contatos e monitoramento de pessoas infectadas entre maio e junho. Matéria do Asia Times mostra que a polícia conseguiu ser mais rápida e eficiente do que funcionários da saúde na iniciativa, porque tinha acesso a todas as câmeras de vigilância (públicas e privadas) da cidade, tecnologias de reconhecimento facial e, claro, uma pitada de poder de intimidação e possível invasão de privacidade através do uso de big data. Até mesmo interrogatórios foram feitos com suspeitos de contágio, com ameaça de prisão ou processo penal contra quem mentisse para as autoridades sobre seus paradeiros. O método agora parece estar se replicando em outras cidades chinesas, conforme aponta a matéria.

Diante do temor de novos casos e da variante Delta, aumenta a pressão pela vacinação. Até o momento, o país já aplicou mais de 1,4 bilhão de doses. Para não perder o ritmo, alguns governos locais estão exigindo que todos os alunos sejam vacinados antes da retomada de aulas presenciais e, em alguns casos, também exigem que as suas famílias estejam imunizadas. Ainda visando à imunização de 70% da população até o fim do ano, vacinas estrangeiras podem ser importadas, embora até pouco tempo atrás a mídia estatal viesse fazendo propaganda contra as “vacinas ocidentais”. Como reporta a Fortune, as autoridades chinesas terminaram de avaliar os dados da vacina da Pfizer/BioNTech na última semana e em breve devem aprová-la para uso no país. O timing é bom: a empresa Fosun Farma recentemente fechou um acordo com a BioNTech para criar uma joint venture para produção das vacinas na China e abriu a possibilidade de trazer para o país mais de 100 milhões de doses até o fim do ano.

Em outra frente, as empresas Sinopharm e Sinovac passaram a compor a iniciativa COVAX da Organização Mundial da Saúde, comprometendo-se a entregar 110 milhões de doses de imunizantes até o final de outubro e 550 milhões ao todo até metade de 2022. A medida concretiza a liderança chinesa nas exportações de vacinas contra o coronavírus: até junho deste ano, o país exportou cerca de 500 milhões de doses de seus imunizantes para mais de 100 nações, mais do que qualquer outro país, como informa a Caixin.

Segurança no ciberespaço. Dias depois da abertura de investigações sobre a DiDi por questões relacionadas à segurança de dados, dois desenvolvimentos no setor de cibersegurança chamaram atenção. Primeiro, a agência responsável por administrar o ciberespaço na China lançou novas diretrizes estabelecendo que toda empresa que tenha dados de mais de 1 milhão de usuários e opere no exterior deve reportar-se ao governo para uma revisão. Como lembra o Protocol, a medida faz parte do reconhecimento por parte do governo de que dados são um recurso de poder. Seguindo esse entendimento, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China divulgou um primeiro rascunho de sua estratégia para o desenvolvimento da indústria de cibersegurança no país, segundo o South China Morning Post. Pela proposta, setores-chave da economia terão de alocar pelo menos 10% de seu orçamento de TI para medidas de segurança de dados e serviços digitais.

China lança o maior mercado nacional de carbono do mundo e já supera expectativas no dia de abertura, dando mais um passo rumo à neutralidade de carbono até 2060. Funciona assim: no mercado nacional de carbono, empresas poderão comprar e vender créditos de emissão (os famosos ETS, em inglês), caso tenham ultrapassado seu limite ou tenham créditos sobrando. A medida não é nova — foi primeiro lançada em 2005 na Europa, com algumas replicações nos Estados Unidos e outros países — e vinha sendo elaborada na China já há alguns anos. Há preocupações, porém, sobre o sistema chinês: o crédito é muito barato — 1 tonelada custa aproximadamente 40 reais —, o que é visto por especialistas como um erro, já que pouco inibe grandes poluidores; e limitado, já que o mercado só está aberto para alguns setores, como o de termelétricas e siderúrgico.

Partiu estocar vento? Depois de investir pesado na construção de usinas de energia eólica e solar, o governo chinês voltou-se para os sistemas de armazenamento desse tipo de energia. Uma das particularidades dessas fontes renováveis é que, sem sol e sem vento, baterias de alta capacidade são necessárias para compensar a produção. Como explica a Caixin, o 14º Plano Quinquenal prevê investimentos do governo para o desenvolvimento de tecnologias de armazenagem, que hoje incluem baterias eletroquímicas, de ar comprimido e de sal fundido. Até 2025, o país pretende instalar 30 gigawatts de sistemas de armazenamento de energia, oito vezes mais do que a capacidade de 2020. Atualmente a China aposta sobretudo nas baterias eletroquímicas com íons de lítio, que apresentam alto risco de incêndios.

Por falar em energia limpa, pesquisadores do governo chinês divulgaram um projeto para um reator nuclear comercial à base de tório líquido. Como assinala o South China Morning Post, a tecnologia tem potencial de revolucionar a geração de energia, porque não precisa de água, tem baixa radioatividade em casos de acidentes e não pode ser convertida para fins bélicos.

Mudanças políticas em Macau. É raro que a ex-colônia portuguesa apareça nos noticiários internacionais, dado seu pouco antagonismo em relação a Pequim. Mas recentemente o noticiário político foi pego de surpresa pela inesperada desqualificação de 21 candidatos a vagas para o parlamento local, alguns já veteranos. As razões específicas para o banimento não foram declaradas, mas segundo o jornal português Público, os candidatos teriam de alguma forma posto em perigo a soberania e segurança nacionais da China. O que se sabe ao certo é que, assim como vem ocorrendo em Hong Kong, grande parte dessas pessoas pode ser associada a movimentos de oposição a Pequim. Segundo o South China Morning Post, esta foi a primeira ocorrência de desqualificação desde que Macau passou a ser uma RAE chinesa em 1999.

Enquanto isso, do outro lado da baía: após uma reunião a portas fechadas, Carrie Lam deu declarações sobre os pedidos de Pequim para que Hong Kong seja cada vez mais rigorosa com a aplicação da Lei de Segurança Nacional. Os detalhes, ou os poucos disponíveis (já que a imprensa não teve acesso), você pode ler neste texto do Asia Nikkei. Ainda sobre o tema, o Hong Kong Free Press conta que esta semana a corte honconguesa deve colher depoimentos do primeiro julgamento com base na Lei de Segurança Nacional.

A hora e a vez da China no Afeganistão. Já falamos por aqui sobre como a decisão dos EUA de retirar tropas do Afeganistão impacta a China, mas voltamos ao tema com a viagem do ministro das relações exteriores chinês Wang Yi para a Ásia Central — Tajiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão — para discutir questões de paz no vizinho afegão. Durante a viagem, Wang Yi abordou com autoridades destes países a possibilidade de entrada do Afeganistão na Organização para a Cooperação de Shanghai (SCO, na sigla em inglês). A China está atenta à movimentação na região após a saída dos militares estadunidenses, sobretudo de que possa haver influência em Xinjiang, e parece querer agir como mediadora. Este texto do The New York Times faz um apanhado sobre as mudanças de posicionamento dos chineses em relação ao Afeganistão. E sobre a relação deste país com a SCO, vale ler o artigo no The Diplomat.

Com a preocupação de manter em pauta debates sobre extremismos, Pequim classificou como terrorismo uma explosão que provocou mortes de chineses no Paquistão, divergindo do governo local, que fala em acidente.

Céus protegidos. Uma delegação chinesa visitou a Argentina para vender caças. Se confirmado, o negócio deve impactar a América do Sul e modernizar a Força Aérea do país vizinho. Este texto do East Asia Forum fala de negociações para a venda (e transferência de tecnologia) dos JF-17, um desenvolvimento conjunto da China com o Paquistão. Em 2015, a China chegou a fechar uma venda de armamentos e aviões com os argentinos, mas o negócio foi cancelado na troca de governo de Cristina Kirchner para o de Maurício Macri. Com a volta de Cristina ao poder (agora como vice-presidente), parece que o acordo deve sair do papel. As dinâmicas de quem vende armamentos para a Argentina são menos por alinhamento ideológico e mais por pragmatismo: a pressão do Reino Unido, devido ao território das Malvinas, já levou ao veto de venda de caças da sueca Saab (que faz parceria com o Brasil na produção do Gripen).

Quem nasceu para ser B3W jamais será BRI? Mês passado o governo Biden, junto aos líderes do G7, lançou a iniciativa Build Back Better World (B3W) para apoiar as necessidades de infraestrutura em países em desenvolvimento. A B3W inclui na sua descrição alguns valores: desenvolvimentos transparentes, sustentáveis, mobilizando capital privado e aumentando o impacto das instituições financeiras internacionais. Não escapa aos acostumados que essa parece ser uma resposta a muitas das críticas à Iniciativa Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês). Segundo análise do pesquisador da Academia de Ciências Sociais de Shanghai, Hu Zhiyong, em artigo (em mandarim) compartilhado pelo China-Africa Project, o B3W está vago e muito dependente de capital privado. Para Hu, isso pode limitar o interesse em financiar projetos com custo alto e sem ganhos claros no curto prazo.

Afinal, cooperação ou competição? A discussão sobre as iniciativas aparece no artigo do South China Morning Post, incluindo frases do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa dizendo que os desafios de infraestrutura do continente são muitos e que não vê exclusão de um em relação ao outro, mas sim de inclusão. Na última quinta (15), o think tank Carnegie realizou evento discutindo se B3W e BRI poderiam coexistir na África.

Novos planos da OMS para rastrear a origem do coronavírus. Em meio a incertezas, disputas políticas, acusações e teorias da conspiração, a OMS propôs investigar a questão por meio de pesquisas em humanos, em laboratórios, novas explorações no mercado de Wuhan (onde o primeiro caso foi localizado) e em vida silvestre. Resta saber o impacto político disso e como a China deve se posicionar. Diante de pedidos dos EUA para que a hipótese de vazamento de laboratório volte a ser apurada — ainda que sem evidências consistentes —, Pequim tem reagido pedindo que outros países sejam incluídos nas pesquisas. Nessa linha, o The Wall Street Journal publicou uma matéria sobre como em novembro de 2019 já havia amostras de coronavírus na Itália. No início deste ano, a OMS encerrou uma primeira etapa de investigação sem muitas conclusões, mas afirmou que vazamento de laboratório era pouco provável. Essa semana, Tedros Adhanom (diretor da OMS), pediu maior acesso aos dados não tratados do período próximo ao começo da pandemia, algo que não foi compartilhado pelo governo da China, e por transparência nas informações sobre o laboratório em Wuhan.

Pode a China ajudar a reduzir os impactos socioambientais da indústria de óleo de palma? O país é o segundo maior importador da commodity, que é vista como uma das maiores responsáveis pelo desmatamento de florestas tropicais da Indonésia e Malásia. Assim, não falta expectativa de que Pequim estabeleça padrões de sustentabilidade mais rígidos, ou que adote os que já existem, como a Certificação Mesa Redonda de Óleo de Palma Sustentável (RSPO). Mas nada é tão simples: como mostra Jiang Yifan em artigo para o China Dialogue, ninguém quer assumir essa responsabilidade, então pouco se avança. A indústria pede que o governo crie regulações e o governo espera da indústria exemplos aplicáveis para a realidade chinesa, em que consumidores demonstram pouco interesse em pagar por um produto um pouco mais caro. O óleo de palma é encontrado em uma infinidade de produtos do dia-a-dia, como sabão, óleo de cozinha e cosméticos.

É interessante observar se a relevância da China no grande mercado de commodities de alto impacto ambiental vai ser instrumentalizada como uma virada de chave de sustentabilidade global, com salvaguardas mais conservacionistas, ou terceirizada aos países produtores, e assim desviar um pouco os holofotes do país asiático.

Qual o limite da busca da perfeição estética? É frequente um assunto como este voltar à pauta quando se fala da indústria da beleza, sobretudo das cirurgias plásticas, e na China o tema voltou em alta com a morte de uma celebridade da internet. Xiaoran morreu de infecção aos 33 anos, após passar por um procedimento de liposucção em uma clínica em Hangzhou, no sul do país. O estabelecimento reconheceu problemas na condução da cirurgia e no pós-operatório, e os pais da jovem agora pedem compensação. Por ser uma celebridade, a morte de Xiaoran ganhou forte repercussão e foi um dos assuntos mais comentados na internet chinesa. A SupChina tratou do tema aqui e o Sixth Tone fala sobre o caso de outras jovens que buscam procedimentos de risco em meio a uma pressão midiática e social pelo corpo e aparência perfeitos.

Ao infinito e além: já apareceu aqui algumas vezes o programa espacial chinês. E não é por menos: o governo está turbinando projetos nas mais variadas áreas para garantir que a China seja uma potência espacial. Bobos que não são, as iniciativas espaciais chinesas vêm recheadas de referências mitológicas e apoiadas por alto investimento em ficção científica. É o que discute o interessante texto de Molly Silk para o The Conversation. A criação de uma cultura espacial se reflete também na literatura e filmes como Terra à Deriva (tivemos uma boa discussão aqui sobre ele).

Se quiser aprender mais sobre o programa espacial vale ouvir o episódio recente do podcast Sinica, bem como a entrevista do Radar China com a Rita Feodrippe (em português).

A China está se isolando do mundo? Não é só sobre as fronteiras estarem fechadas desde março de 2020. Para David Rennie da The Economist, a pandemia talvez tenha sido o ingrediente que faltava para catalisar o nacionalismo que vinha crescendo no país. Com ela, ficou mais clara a diferença da governança na China e de países ocidentais, com a mídia estatal chinesa apontando o individualismo liberal dos Estados Unidos em contraste com o governo protetor de Pequim. Mas não é só sobre a China versus o “mundo”: como pontua Yuan Yang no Financial Times, esse nacionalismo também se volta contra chineses que não são vistos como “patriotas o suficiente”. Foi o que aconteceu recentemente com as derrubadas e ataques a contas LGBTQIA+ no WeChat e Weibo, como conta Shen Lu para o Protocol.

Ao mesmo tempo que pode existir esse isolacionismo apontado por Rennie, a China tem assumido papéis cada vez mais relevantes em temas como saúde públicameio ambiente e paz em organismos multilaterais. Seria um excepcionalismo à chinesa?

Luz, câmera, repressão! No festival de Cannes deste ano, a diretora honconguense Tang Yi levou para casa a Palma de Ouro de melhor curta-metragem com o filme “All the crows in the world”. Mas, antes mesmo de os vencedores serem revelados, Hong Kong já era motivo de bafafá: “Revolution of our times”, um documentário sobre as manifestações de 2019, foi incluído no programa de exibições na última hora. Com o polêmico título saído de um dos slogans dos protestos (“Liberte Hong Kong, a revolução do nosso tempo”), o filme foi rodado por uma equipe totalmente anônima, exceto por seu diretor, Kiwi Chow. Se você quiser conhecer um pouco da obra de Chow, é possível assistir na Netflix, até o fim do mês de julho, o filme “Ten years“, em que diversos diretores imaginaram uma Hong Kong distópica em que os cidadãos são duramente reprimidos por suas manifestações políticas. O filme é de 2015, pós Revolução dos guarda-chuvas, mas antes da lei de segurança nacional.

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Zheng He foi um grande explorador chinês do século XV. Sob seu comando, o império da China chegou a praticamente todos os cantos do mundo. Esta seção é inspirada nele e te convida a explorar ainda mais a China.

É sempre dia de rock, bebê: conversamos com o produtor musical Alê Amazônia do China Tropical sobre rock chinês e a cena musical independente na China na nossa primeira live no Instagram! Também rolou um episódio do nosso Cafezinho semanal sobre o tema.

Prepara o lenço: a revista Gama explora as origens e funcionalidades do hashi (em japonês) ou kuaizi (em mandarim). A matéria relembra esse vídeo da CCTV digno de propaganda de Natal de supermercado sobre a importância do talher na vida dos chineses.

Tá vendendo o peixe, ou não tá? Em entrevista a Jessica Chen Weiss para o The Washington Post, a pesquisadora Maria Repnikova defende que não há evidências de que Pequim tente impor o modelo chinês a outros países, ou mesmo de que tente convencer elites estrangeiras a segui-lo.

Movimento LGBT: a mais nova edição do Made in China Journal conta com um artigo de Stephanie Yingyi Wang sobre 30 anos de ativismo LGBT na China e como ele tem passado por um processo de ‘onguização’ para sobreviver e se comunicar com o governo. Está na página 90 e vale um bom cafezinho.

Fotos… teatrais: a Caixin publicou uma galeria de fotos da “Teahouse”, uma das mais famosas peças de teatro contemporâneas da China, que está retomando suas apresentações em Pequim após mais de um ano parada devido à pandemia.

Espacial: foi inaugurado o Museu de Astronomia de Shanghai, considerado o maior do mundo, que abriga observatório, telescópio, planetário e, claro, exposições. A arquitetura do prédio, assinada pela empresa Ennead Architects dos EUA, chama atenção por seu formato.

Lava roupa todo dia, que agonia: o fotógrafo Jimmi Ho registra imagens até poéticas de roupas penduradas para secar em espaços públicos, em meio a uma Hong Kong de apartamentos diminutos.

Brasil na mídia chinesa: apareceu no Global Times um artigo comentando sobre como a China estaria se contrapondo a uma tendência de “brasileirização” do mundo, termo que apareceu na revista American Affairs para descrever o processo de aumento da desigualdade extrema e de disfunções institucionais.

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E o Chengyu da semana é dica do leitor Rafael Lopes: “画龙点睛 (huà lóng diǎn jīng)”, que pode ser traduzido como “pintar os olhos do dragão e dar-lhe vida”, que significa aperfeiçoar uma obra dando um toque final. Valeu pela dica, Rafael!
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